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Panela Caseira – Por Magoo Pellegrino – É possível fazer Cerveja em Casa?

Certa vez me perguntaram: “É possível fazer cerveja em casa?” Prontamente respondi que, se há 3000 anos atrás já era feita pelas mulheres da Suméria, e naquela época não haviam fábricas, sem dúvida, é possível. E os queixos caíram num uníssono “Oh!”

E quanto é possível fazer? De 1 garrafa ao quanto seu espaço (e bolso) permitirem. Mas antes de sair desbravando o fantástico mundo da cerveja caseira, temos que entender como as coisas funcionam, pequenos gafanhotos.

Esse é o objetivo e desafio desta coluna. Trazer o conhecimento mais básico aos que ainda não iniciaram suas brassagens, ou estão começando agora, sem esquecer dos mais experientes cervejeiros.

Antes de aprofundarmos nas fases, tipos de processo, maltes, lúpulos, leveduras, etc, vamos entender quais os passos para fazer uma cerveja e a importância de cada um deles.

[su_box title=”Passo a passo” style=”glass” box_color=”#dbba5c” radius=”6″][su_tabs vertical=”yes”][su_tabs active=”10″ vertical=”yes”][su_tab title=”Moagem dos grãos”]A moagem dos grãos é muito importante pois, se não tiver uma boa qualidade, pode comprometer a brassagem. O intuito da moagem é expor o núcleo do grão de malte, onde se encontram os amidos que serão transformados em açúcares. Se for moído muito grosso, não expõe o núcleo, se muito fino, compromete a conversão do amido e a filtragem do mosto (que, para os caseiros, é feita com a própria casca dos grãos).[/su_tab] [su_tab title=”Mostura ou Brassagem”]A fase de mostura ou brassagem é onde os amidos do malte são convertidos em açúcares, entre outros fenômenos. Existem diversas maneiras de fazer esta fase. Desde diferenças na temperatura até mudanças em todo o processo. Nesta fase que a cor, o corpo e o potencial alcoólico da sua cerveja são definidos.[/su_tab] [su_tab title=”Fervura”]Depois da “alma” da cerveja estar pronta, é hora de começar a dar forma a ela. A fervura é o primeiro passo. Nesta fase é onde o lúpulo confere o amargor à cerveja e também provém seus aromas. Além disso, também é prática comum algumas especiarias, frutas, ervas, etc, serem adicionadas nesta fase. Isto pode trazer tanto aroma quanto sabor.[/su_tab] [su_tab title=”Resfriamento”]O resfriamento tem dois principais objetivos: ajudar a decantar restos de lúpulo e certas proteínas que não serão úteis e deixar o mosto a uma temperatura onde é possível inocular(colocar) a levedura(fermento) para que ela inicie o processo de fermentação. Se as leveduras são inoculadas a uma temperatura alta, acima de 30 graus celsius, há grandes chances de morrerem e não converterem os açúcares em álcool.[/su_tab] [su_tab title=”Fermentação”]É na fermentação que o mosto vira cerveja. Onde os açucares são convertidos em álcool pelas leveduras. O controle da temperatura de fermentação é muito importante pois, dependendo da temperatura que foi fermentada, a cerveja pode assumir perfis bastante distintos. Se o alvo é uma cerveja ótima, não há dúvidas que o controle de temperatura é imprescindível.[/su_tab] [su_tab title=”Resfriamento”]O resfriamento tem dois principais objetivos: ajudar a decantar restos de lúpulo e certas proteínas que não serão úteis e deixar o mosto a uma temperatura onde é possível inocular(colocar) a levedura(fermento) para que ela inicie o processo de fermentação. Se as leveduras são inoculadas a uma temperatura alta, acima de 30 graus celsius, há grandes chances de morrerem e não converterem os açúcares em álcool.[/su_tab] [su_tab title=”Leveduras”]Considerando as leveduras de cerveja, elas se dividem, principalmente em três famílias: alta, baixa e selvagem. As de alta fermentação, também conhecida como Ale, geralmente trazem perfis mais complexos de aromas e sabor. Quando de baixa fermentação, também conhecida como Lager, trazem uma limpidez maior e dão espaço para o malte e o lúpulo surgirem mais notadamente. Já as selvagens, dentre elas as brettanomyces bruxellensis e lambicus, dão um perfil mais animalesco e levam mais tempo para trazerem os perfis desejados.[/su_tab] [su_tab title=”Maturação”]Na maturação há uma variação de possibilidades tão grande que se equipara à seleção de malte e lúpulo. É possível maturar a cerveja em baixas e altas temperaturas, com fruta, com lúpulo, em barris de madeira, com especiarias, só para citar alguns exemplos. É nessa fase que a cerveja aperfeiçoa seu perfil e traz os traços finais de seu gosto e aroma. Além disso, para os cervejeiros caseiros, é importante para decantar leveduras e proteínas que levam mais tempo para tal, o que resulta numa menor turbidez da cerveja.[/su_tab] [su_tab title=”Engarrafamento ou Embarrilamento”]No próximo artigo[/su_tab] [/su_tabs] [/su_box]Depois da fase de maturação, há processos tão distintos que trataremos de cada um mais detalhadamente nos artigos futuros.

A partir do próximo artigo, vou detalhar cada fase da produção da cerveja e, eventualmente, trarei curiosidades do mundo da cerveja. Aguardem as próximas postagens!

 [su_box title=”Sobre o autor” style=”soft” box_color=”#dbba5c” radius=”6″]Sobre o Autor: [tabs tab1=”Magoo Pelegrino”] [tab id=1]Magoo Pellegrino é cervejeiro caseiro, Diretor de Eventos na ACERVA-SP, Formado no Curso de produção do Pier 1326 ministrado por Jaime Filho. Em 2011, durante uma viagem pela Alemanha, descobriu que o mundo da cerveja ia muito além das “pilsen” brasileiras. Depois de várias cervejas e uma visita ao restaurante da Aecht Schlenkerla, apaixonou-se de vez pelo líquido sagrado. No começo de 2012, descobriu que era possível fazer cerveja em casa e, desde então, não parou. Atualmente cursando o curso de beer sommelier e sempre estudando para aprender mais sobre produção de cerveja. Também é vocalista de uma banda de rock e engenheiro automobilístico nas horas vagas. [/tab] [/tabs] [/su_box]

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