Nós, da equipe Brejada, apoiamos sempre a cultura cervejeira, e uma das melhores formas de ajudar nossos colegas cervejeiros e divulgar suas criações aqui. Fizemos isso com a Drei Adler e com Nunes e Levy, e continuaremos experimentando essas criações e divulgando os produtores caseiros. Um dos mais interessantes que conhecemos foi a Serra de Três Pontas, do cervejeiro Bruno Moreno de Brito. Esse mineiro, que batizou a cervejaria com o nome de sua cidade natal, tem belas criações, feitas no quintal da casa onde mora, com muita criatividade e “detalhismo”.
Experimentamos quatro de suas criações, e resolvemos criar um prato para cada uma das cervejas. Abaixo, nossas avaliações e harmonizações:
Aparência: Coloração dourada para âmbar, com espuma branca de alta formação e persistência. Muito bonita no copo, com espuma cremosa e brilhante.
Aroma: Aroma doce e muito agradável, com notas fortes de banana e cravo.
Sabor: Segue o aroma, com belo e aparente conjunto de maltes e trigo. Balanço perfeito. Final médio e aftertaste curto, com notas de trigo.
Tato: Corpo de médio para denso para o estilo, muito encorpada, um belo “pão líquido”. Carbonatação e cremosidade na medida. Adstringência média.
Geral: Ótima Weiss, muito encorpada e consistente. Aderente ao estilo, batendo muita alemã por aí.
Nota Geral: 3,9 de 5,0.
Para harmonizar com essa Weiss, resolvemos fazer uma saborosa e leve salada, com notas bem condimentadas. Essa salada é tipicamente do outono europeu, e é composta por folhas de rúcula, agrião (ambos hidropônicos), bulbo de erva doce e pêra, com molho de mostarda dijon e mel silvestre.
Aparência: Coloração castanha escura turva, com espuma bege, de alta formação e persistência.
Aroma: Forte presença de malte tostado, com notas de conhaque e banana. Lembrou bastante o aroma de uma traditional bock.
Sabor: Sabor forte dos maltes, com notas de caramelo e fermento. Boa presença alcoólica. Final longo e ácido, com aftertaste leve de maltes. Muito bem balanceada.
Tato: Corpo médio, com carbonatação e adstringência altas. Cremosidade na medida.
Geral: Um belo conjunto. Uma proposta diferente das demais Weizenbock, essa puxa mais par ao lado “bock”, com álcool mais evidente e conjunto de maltes mais aparente. Em compensação, a drinkability é mais baixa que as demais WB, justamente pelo conjunto mais alcoólico e pesado.
Nota Geral: 3,8 de 5,0
Para harmonizar com essa breja, fizemos uma entrada, com pão ciabatta temperado com salsa e azeite extra virgem, coberto com um mix de congumelos e cebola caramelada, cozidos na manteiga.
A Cafuza é uma cerveja colaborativa com a Prima Satt do Leonardo Satt.
Aparência: Coloração preta opaca, com espuma cor de café cremosa, com média formação e alta persistência.
Aroma: Ótimo aroma, com lúpulo floral e maltes torrados explodindo no ambiente. Bastante agradável e presente.
Sabor: Beber essa breja é incrível!! No início, uma bela carga de lúpulos, dignos de uma IPA de respeito, dois segundos depois, aparece notas de malte torrado e um conjunto de uma tremenda stout. É inacreditável o balanço que essa cerveja consegue alcançar. Final e aftertaste é uma stout com notas leves de lúpulo. Deliciosa!
Tato: Corpo denso, carbonatação média, cremosidade e adstringência na medida.
Geral: O melhor exemplar da cervejaria e a melhor IBA que esse cervejeiro já provou. Simplesmente fantástica.
Nota Geral: 4,5 de 5,0
O grande destaque da cervejaria merecia acompanhar nosso prato principal. Para combinar com essa breja, fizemos um macarrão à putanesca (inspirada na receita do grande Jamie Oliver) com um peito de frango na manteiga especial de estragão.
Aparência: Coloração castanha claro, com baixa formação de espuma de média persistência.
Aroma: Forte presença de lúpulo herbal e cítrico, com notas de maracujá e limão.
Sabor: Sabor cítrico, com leve amargor dos lúpulos presente. O início é mais amargo, mas o final é bem adocicado e seco. Bem balanceada nos sabores, mesmo sendo mais simples.
Tato: Corpo leve, com carbonatação e adstringência média. Menos cremosa que o ideal, mas adequada.
Nota Geral: Bela IPA, simples e bem saborosa. A “menos impressionante” das criações, mas não deixa de ser uma bela escolha.
Nota Geral: 3,4 de 5,0.
E para finalizar, a sobremesa foi uma simples e saborosa crocante de frutas, com base de pêssegos e mangas e cobertura de avelãs.
As criações da Serra de Três Pontas foram aprovadas com louvor! São muito bem feitas e recomendamos que todos experimentem. Méritos para o “mestre-cervejeiro-caseiro” Bruno, e seus eventuais parceiros de receitas.
Na próxima parte desse artigo, mostraremos nossa visita ao “headquarters” da STP, onde acompanhamos (e até ajudamos a fazer) a nova criação desses cervejeiros, uma Imperial Hopfenweisse batizada de Antraz. Não percam!
Cheers!
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