Tratarei dos lúpulos da Europa Continental sem grande distinção de países pois, em geral, são similares na sua análise sensorial. Por Europa Continental, me refiro à Alemanha, República Checa, França, Polônia e Eslovênia. Sendo os dois primeiros, Alemanha e República Checa os mais importantes.
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Panela Caseira – Lúpulos Ingleses
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Os lúpulos dessas regiões receberam um apelido de “lúpulos nobres” por conterem aromas finos que vão desde florais até levemente terrosos e condimentados. O mais famoso, sem dúvidas, é o lúpulo checo chamado Saaz. Não apenas por seus aromas únicos, mas também por estar intimamente ligado à história do surgimento do estilo de lager mais famoso, o Pilsen.
Em geral, estes tipos de lúpulos são utilizados nos estilos provenientes destes países além de diversos estilos belgas. É possível citar uma lista enorme como Bohemian Pilsner, German Pilsner, Kölsch, Belgian Tripel.
Entretanto, os alemães estão desenvolvendo novos lúpulos pensando chegar em novos mercados e públicos. O lúpulo Mandarina é um exemplo disto. Ele tem perfil mais cítrico e frutado, sem perder a identidade alemã, visando o público de American Pale Ale e American IPA.
Abaixo cito alguns exemplos com suas características algumas cervejas onde é utilizado:
[tab name=”Saaz”]:
Suave com notas terrosas, herbais e florais. Pode ser encontrado na Pilsner Urquell, Czechvar e Rogue Dead Guy Ale;[/tab]
[tab name=”Hallertau Mittelfrüh”]
Suave porém condimentado, com notas florais e cítricas. Pode ser encontrado na Brooklyn Lager e em grande parte das German Pilsners e lagers da região da Bavária;[/tab]
[tab name=”Strisselpalt”]
Condimentado, herbal, floral, limão e outras notas frutadas. Pode ser encontrado na Kronenburg 1664, Dupont Organic Saison e Orval;[/tab]
[tab name=”Perle”]
Floral delicado, frutado, condimentado e notas de menta. Pode ser encontrada na Radeberger Pilsner, Krombacher Pils, Samichlaus Helles; [/tab]
[tab name=”Styrian Aurora”]
Intenso floral e pinho, além de lupulado. Pode ser encontrado na Fuller’s Vintage Ale e Badger Hopping Hare. [/tab][end_tabset]
É ótimo manter a tradição e até reproduzir estilos antigos. Inovar e descobrir novas sensações também! Os aromas florais e herbais dos lúpulos nobres casam bem com uma base levemente maltada. Como “tempero” harmonizando um peixe leve apenas grelhado é delicioso. Voem livres na arte de fazer cerveja mas sempre me convidem para experimentar. 😉
[tab name=”Sobre o autor”]
Magoo Pellegrino
Magoo Pellegrino é cervejeiro caseiro, Diretor de Eventos na ACERVA-SP, Formado no Curso de produção do Pier 1327 ministrado por Jaime Filho, Formado com Beer Sommelier pela ABS-SP/ Intituto da Cerveja e criador do blog O Beer Sommelier.. Em 2011, durante uma viagem pela Alemanha, descobriu que o mundo da cerveja ia muito além das “pilsen” brasileiras. Depois de várias cervejas e uma visita ao restaurante da Aecht Schlenkerla, apaixonou-se de vez pelo líquido sagrado. No começo de 2012, descobriu que era possível fazer cerveja em casa e, desde então, não parou. Atualmente cursando o curso de beer sommelier e sempre estudando para aprender mais sobre produção de cerveja. Também é vocalista de uma banda de rock e engenheiro automobilístico nas horas vagas.
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