O crescimento da cultura cervejeira no Brasil já é uma realidade. As importadoras aumentam sua lista de contatos e rótulos, os bares criam e aumentam suas cartas de cervejas, nascem casas especializadas e muitas cervejarias nacionais nascem ou desenvolvem-se, com belas criações, dignas de premiações internacionais. Além disso, muitos cervejeiros caseiros começam a brincar e criar cervejas fantásticas.
Um casal de Santo André são um desses inventores que conseguiram fazer pequenas maravilhas com bastante criatividade. Eduardo e Juliana, ou, Nunes e Levy, são os responsáveis por belas criações. Além de belas cervejas, muita criatividade no “batismo” das brejas. Experimentamos algumas delas e abaixo colocamos nossas impressões, que foram bastante positivas por sinal:
Descrição: Uma Imperial IPA com 10% de álcool, 90 IBU’s e adição de pimenta dedo-de-moça. A receita traz um mix variado de maltes e bela adição de lúpulos, incluindo no final um dry-hopping de 4 dias com Cascade e Columbus.
Aparência: Coloração cobre opaca, com espuma branca de média formação e persistência.
Aroma: Lúpulo herbal leve e caramelo. Notas alcoólicas. O dulçor geral é bem agradável.
Sabor: No início é doce, leve amargor após engolir e logo vem a pancada de pimenta, que domina o final e aftertaste da breja. Álcool bem presente e inserido perfeitamente. Fermentação na medida.
Tato: Corpo leve, carbonatação média. Degustação é quente devido a pimenta. Adstringência média.
Geral: Ótima cerveja. Bem puxada na pimenta, um prato cheio para os fãs de comidas apimentadas. Poderia trazer mais a presença dos lúpulos, que acabam meio encoberta pela pimenta. Perfeita para harmonização.
Nota geral: 3,9 de 5,0.
Descrição: Irmã mais nova da mais famosa das cervejas da Nunes e Levy (Toicinho), essa extreme Rauchbier, com malte muito defumado, boa presença alcóolica (9%) e adição razoável de lúpulos vem para ser forte e potente.
Aparência: Coloração castanha escuro, com baixa formação de espuma e persistência.
Aroma: Ponto forte da breja. Ótima presença de malte defumado e bacon. Beira a perfeição!
Sabor: Segue bem o aroma, com forte defumado. Bem balanceada, com final e aftertaste amargos. Álcool bem presente, sem comprometer o conjunto.
Tato: Falta um pouco de corpo em relação ao esperado pelo aroma. Carbonatação média, adstringência alta.
Geral: Boa breja. Não tem muita drinkability, pois a força do álcool deixa a breja um pouco pesada, mas é um ótimo exemplar de Rauchbier.
Nota geral: 3,7 de 5,0.
Descrição: Imperial Stout encorpada, com 9% de álcool, feita especialmente para o concurso da Acerva Paulista.
Aparência: Coloração preta opaca, espuma cor de café com média formação e baixa persistência.
Aroma: Muito agradável, café, chocolate, gianduia.
Sabor: Bastante malte torrado, principalmente no final. Presença de chocolate e café. Atertaste doce e longo, com notas torradas. Boa presença de álcool.
Tato: Corpo médio para denso, carbonatação média para o estilo. Adstringência alta para o estilo.
Geral: Muito bem feita. Drinkability alta para o estilo. Poderia ser mais potente, mas talvez a intenção seja realmente de deixa-la mais leve. Atende ao estilo.
Nota geral: 4,0 de 5,0.
Parabéns ao casal, e muito sucesso nas próximas invenções. Aos que se interessarem em experimentá-las, acessem http://nuneselevy.com/ e entrem em contato com nossos amigos Eduardo e Juliana (nunes_e_levy@hotmail.com). Em breve, mais cervejarias caseiras e suas invenções.
Cheers!
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